VIDEOCIRURGIA:
Os Benefícios da VIDEOCIRURGIA
01 de fevereiro de 2018
A Videocirurgia ou Cirurgia Videolaparoscópica surgiu na Europa, na década de 80, quando foi realizada a primeira cirurgia para retirada de vesícula biliar (colecistectomia), com o auxílio de uma câmera de vídeo e sem a necessidade de realização de um grande corte.
A grande inovação nesta nova técnica foi o fato de a câmera poder ampliar em até 20 vezes a imagem para que o cirurgião opere com muito mais precisão e segurança.
No início dos anos 90, começou a ser realizado este tipo de cirurgia no Brasil. Aqui, em Joinville, a primeira cirurgia videolaparoscópica (uma colecistectomia), foi realizada em abril de 1991, no Hospital Dona Helena, pela equipe pioneira composta pelos cirurgiões Dr. Francisco Napoli (de São Paulo), Dr. Mario Sato e Dr. Cícero Prado Sampaio (de Joinville).
A videocirurgia é uma técnica cirúrgica que apresentou um grande avanço nos últimos anos, possibilitando a realização de uma série de intervenções cirúrgicas, antes jamais imaginadas, por esta via. A evolução da videolaparoscopia foi de tal ordem que muitas das contraindicações iniciais deixaram de existir e, em alguns casos, até se transformaram em indicação formal, devido às vantagens apresentadas em relação ao procedimento aberto convencional. Os principais fatores que contraindicam a cirurgia videolaparoscópica hoje são relacionados ao estado clínico do paciente, à extensão da doença e, principalmente à inabilidade técnica do cirurgião.
O preparo do paciente é o mesmo que se faz nos casos de cirurgias convencionais, incluindo os exames pré- -operatórios de rotina e a avaliação do risco cirúrgico. Exames mais específicos podem ser necessários dependendo de cada caso.
Quais as vantagens da Cirurgia Videolaparoscópica?
• O tempo cirúrgico da cirurgia videolaparoscópica é reduzido, quando comparado à cirurgia aberta convencional, diminuindo também o tempo da anestesia e, consequentemente, o risco anestésico;
• A dor também é muito menor porque os cortes são muito pequenos. Como a dor é muito menor, o paciente volta a andar, trabalhar, dirigir e fazer exercícios mais precocemente;
• A internação hospitalar é mais curta, em geral 24 horas. Tudo isso diminui o risco de infecção pós-operatória;
• O sangramento praticamente não existe e o trauma cirúrgico é, incomparavelmente, menor;
• Como os cortes são pequenos, o resultado estético acaba sendo muito melhor, praticamente não ficando cicatrizes.
Quais as cirurgias que podem ser feitas por videolaparoscopia?
Com o sucesso obtido na colecistectomia para o tratamento de cálculos/ pedras da vesícula biliar, a videolaparoscopia ganhou grande popularidade na cirurgia geral e passou a ser utilizada em diversos outros procedimentos. Hoje, esta técnica é utilizada, por exemplo, na correção da hérnia hiatal (cirurgia do refluxo gastroesofágico), na correção da hérnia inguinal, na extração do apêndice cecal, em cirurgias do intestino grosso (colon), cirurgias da obesidade mórbida (grampeamento e redução do estômago), cirurgias ginecológicas e muitas outras. A cirurgia videolaparoscópica também pode ser utilizada em procedimentos exploratórios e diagnósticos destinados à confirmação de um diagnóstico, realização de biópsias ou estadiamento de doenças neoplásicas.
Como é a cirurgia por videolaparoscopia?
Dependendo do tipo de cirurgia, o cirurgião irá realizar de 3 a 6 pequenas incisões de 0,5 a 1,5 cm na região a ser operada. Por uma das pequenas incisões, entrará uma microcâmera acoplada a uma fonte de luz para possibilitar a observação do interior do organismo e dos instrumentos utilizados. Pelas outras incisões, entrarão as pinças e demais instrumentos cirúrgicos adaptados para a videolaparoscopia.
Nesta técnica, o cirurgião conseguirá observar com precisão muito maior todo o interior do abdome em um monitor que estará recebendo a imagem gerada pela microcâmera. A imagem gerada poderá ser ampliada em até 20 vezes, possibilitando ao cirurgião operar com muito mais precisão e segurança.
Esta técnica cirúrgica exige o uso de anestesia geral e, por este motivo, é geralmente necessário que o paciente fique internado por pelo menos um dia (24 horas) no hospital. Entretanto, a recuperação é muito mais rápida do que seria em uma cirurgia convencional.